sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O lago congelado

Conta a lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso, e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
 – Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
 – Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
– Pode nos dizer como?
– É simples: – respondeu o velho. Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.
Jamais desistam de algum sonho, alguma meta por existirem pessoas lhe dizendo que isso não é possível, que não é para você.
Se o seu ser e seu coração acreditam que você pode chegar a esse objetivo vá em busca disso, lute com todas as forças e tenha certeza que alcançará tudo que desejar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Reconectar

Há uma tribo africana que tem um costume muito bonito.
Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia.
Durante dois dias, eles vão dizer ao homem todas as coisas boas que ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um ser bom, cada um de nós desejando segurança, amor, paz, felicidade. Mas às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros.
A comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro. Eles se unem então para erguê-lo, para reconectá-lo com sua verdadeira natureza, para lembrá-lo quem ele realmente é, até que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele tinha se desconectado temporariamente:
"Eu sou bom".
Sawabona, Shikoba! Sawabona é um cumprimento usado na África do Sul e quer dizer:
"Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante pra mim."
Em resposta, as pessoas dizem Shikoba, que é:
"Então, eu existo para você."

sábado, 15 de novembro de 2014

Silêncio dos lobos


Pense em alguém que seja poderoso…
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam.
Eles têm a aura de força e poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe, sorria, silencie, vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade !
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
“Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio”.
Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O tempo



Imagine que você tenha uma conta corrente e a cada manhã você acorde com um saldo de R$ 86.400,00.
Só que não é permitido transferir o saldo do dia para o dia seguinte.
Todas as noites o seu saldo é zerado, mesmo que não tenha conseguido gastá-lo durante o dia.
O que você faz???
Você irá gastar cada centavo, é claro!
Todos nós somos clientes deste banco que estamos falando, se chama TEMPO.
Todas as manhãs, é creditado para cada um 86.400 segundos.
Todas as noites o saldo é debitado, como perda.
Não é permitido acumular este saldo para o dia seguinte.
Todas as manhãs a sua conta é reinicializada, e todas as noites as sobras do dia se evaporam.
Não há volta. Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário.
Invista, então, no que for melhor, na saúde, felicidade e sucesso.
O relógio está correndo...
Faça o melhor para o seu dia-a-dia.
Para você perceber o valor de um ANO, pergunte a um estudante que repetiu de ano.
Para você perceber o valor de um MÊS, pergunte para uma mãe que teve seu bebê prematuramente.
Para você perceber o valor de uma SEMANA, pergunte a um editor de um jornal semanal.
Para você perceber o valor de uma HORA, pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar.
Para você perceber o valor de um MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu um trem.
Para você perceber o valor de um SEGUNDO, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
Para você perceber o valor de um MILISEGUNDO, pergunte a alguém que venceu a medalha de prata em uma Olimpíada.
Valorize cada momento que você tem.
E valorize mais porque você deve dividir com alguém especial, especial o suficiente para gastar o seu tempo junto com você...
Lembre-se o tempo não espera por ninguém...

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tudo passa



Um imperador assumiu o trono de seu reino disposto a fazer um grande reinado. Convocou todos os sábios do reino para que eles apresentassem conselhos sobre como o rei deveria agir para cumprir a difícil tarefa.

Os sábios reuniram-se durantes vários dias. Após muita reflexão, concluíram que a melhor forma de ajudar o rei era dar-lhe dois conselhos em envelopes diferentes.

Retornaram ao rei e lhe entregaram os envelopes explicando que cada um continha um conselho precioso e que somente deveriam ser abertos em momentos específicos.

O primeiro envelope era AZUL e só poderia ser aberto quando o reino estivesse caminhando muito bem.

O outro era VERMELHO e deveria ser aberto somente quando o reino estivesse passando por problemas terríveis.

Depois de alguns anos, o reino prosperava, não havia guerras e o povo estava muito feliz com tudo que conquistaram. O rei estava tão satisfeito com seu reinado que decidiu abrir o envelope AZUL.

Encontrou o antigo conselho de seus sábios:

“O que está acontecendo não é para sempre! Isso vai passar, esteja preparado!”

O rei ficou um pouco perplexo, pois esperava algum conselho grandioso e positivo, não um alerta sombrio. De qualquer forma, continuou seu reinado. Alguns anos depois houve uma série de acontecimentos terríveis. Uma grande seca trouxe fome para o povo. Pragas acabaram com as plantações. Doenças dizimaram a população. Os eventos climáticos afetaram outros reinos próximos, e a disputa por alimento provocou conflitos com os reinos vizinhos.

O Rei estava muito triste. Sentia-se impotente, derrotado e sem alternativas.

Lembrou-se dos envelopes e do conselho que havia recebido. Mesmo relutante, decidiu abrir o envelope VERMELHO.

Lá encontrou o conselho:

“O que está acontecendo não é para sempre! Isso vai passar, esteja preparado!”

Lembre-se desta história quando estiver passando por um momento triste, difícil, que pareça sem solução. Mas não se esqueça disto também quando estiver vivendo um momento de êxito, sucesso, realização e vitória.  O que está acontecendo, seja bom ou ruim, trágico ou imensamente feliz, desagradável ou prazeroso, não é para sempre!

A vida é assim: feita de altos e baixos.  Tudo passa!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O verdadeiro valor

Em um pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era sempre consultado pelas pessoas da região.
Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se.
 - Venho aqui, professor, porque sinto-me tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor, sem olhá-lo, disse:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar-lhe. Devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois.  - E fazendo uma pausa continuou:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e, depois, talvez, possa lhe ajudar.
- Claro, professor -  gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu antigo professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse:
- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você obtenha pelo anel o máximo valor possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a joia para todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando assim seu professor das preocupações.
Dessa forma ele poderia receber a ajuda e conselhos que tanto precisava.
Entrou na casa e disse:
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
- Importante o que disse, meu jovem -  contestou sorridente - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele lhe dará por ele. Mas não importa o quanto ele ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e deu- lhe o anel para examinar.
O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o mesmo, e disse:
- Diga ao seu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

- Cincoenta moedas de ouro - exclamou o jovem.
- Sim, replicou o joalheiro. Eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.
- Sente-se - disse o professor.
Depois de ouvir tudo o que o jovem contou-lhe, falou:
- Você é como este anel, uma joia valiosa e única, e que só pode ser avaliada por um "expert". Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E, dizendo isto, voltou a colocar o anel no dedo.
- Todos somos como esta joia,  valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Você deve acreditar em si mesmo. Sempre!
"Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem o seu consentimento."

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O Mestre e o Escorpião


Um mestre oriental viu um escorpião que se afogava e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião lhe picou.
Como reação à dor, o mestre soltou-o e o animal caiu na água e, de novo, estava se afogando. O mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o escorpião o picou. Alguém que tinha observado tudo, aproximou-se do mestre e disse:
- Perdão, mas você é muito teimoso! Não entende que cada vez que tentar tirá-lo da água, ele o picará?
O mestre respondeu:
- A natureza do escorpião é picar e isso não muda a minha natureza, que é ajudar. Então, com a ajuda de um ramo, o mestre retirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida.
Assim como na fábula, na vida real existem pessoas como os "escorpiões".
Essas pessoas pedem oportunidades e quando menos esperamos nos ferem, nos machucam, nos enganam com seu "papo amigo" e envolvente.
Mostram uma atitude de piedade mas negam a eficácia dela. Mas assim que são descobertos pedem desculpas e clamam por perdão, dão dois passos para trás e um para frente. Fazem com tanta eloquência que acabamos nos convencendo de que devemos perdoá-los. Grande erro, mal viramos as costas, em um momento de distração nos dá outra ferroada, tão dolorosa como a primeira. Não negam, assim, a sua natureza.
O conselho é bem simples:
Não mude a sua natureza se alguém lhe magoar, apenas tome as devidas precauções.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

5 minutos



No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.
Ela disse:
Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador.
- Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou: - Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.
Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.
- Linda, o que você acha de irmos?
Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!
O homem concordou e Linda continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração
Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?
Mas outra vez Linda pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!
O homem sorriu e disse:
- Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.
O homem sorriu e disse:
- O irmão mais velho de Linda foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando andava com sua bicicleta perto daqui.   Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.
Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Linda.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...
Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas?
Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo.